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Mortalidade E Temperaturas Extremas Na América Latina

man sitting in sun

Philadelphia, Pennsylvania, June 27, 2022

Um estudo recente publicado na Nature Medicine destaca os efeitos de temperaturas extremas na mortalidade de populações urbanas na América Latina. Pesquisadores do projeto Salud Urbana en América Latina (SALURBAL) analisaram a relação entre dias quentes e frios e mortalidade em 326 cidades em nove países da América Latina. Descobriram que quase 6% de todas as mortes podem ser atribuídas às temperaturas extremas.

 

As principais descobertas incluem:

• Em dias muito quentes, um aumento de um grau Celsius na temperatura significará um aumento de 5,7% nas mortes.

• Os adultos mais velhos e as crianças são especialmente vulneráveis ​​às temperaturas extremas.

• As temperaturas extremas têm um impacto particularmente grande nas mortes relacionadas às doenças cardiovasculares e respiratórias.

• Mais de 10% das mortes por infecções respiratórias podem ser atribuídas ao frio extremo.

 

“Nossas descobertas ressaltam a necessidade premente das cidades se prepararem para as temperaturas extremas, cada vez mais frequentes e graves previstas para as próximas décadas. Devemos agir para identificar populações vulneráveis, adaptar a infraestrutura e melhorar nossa capacidade de responder prontamente às emergências que salvarão vidas à medida que enfrentamos as consequências das mudanças climáticas”, diz o Dr. Josiah Kephart da Drexel Urban Health Collaborative, principal autor do estudo.

 

Essas descobertas estão de acordo com as evidências que apoiam a necessidade de uma mitigação drástica das emissões de gases de efeito estufa para evitar os efeitos mais extremos das mudanças climáticas e proteger a saúde humana.

 

“A América Latina tem uma população urbana imensa em risco de exposição ao calor. No entanto, até agora poucos estudos documentaram as interligações entre temperaturas extremas e saúde nas cidades da região. A maior exposição ao calor é apenas um dos muitos impactos adversos das mudanças climáticas na saúde. Nossas descobertas se somam às evidências que mostram que é necessária uma ação urgente para lidar com as mudanças climáticas”, diz a Dra. Ana Diez Roux da Escola de Saúde Pública de Dornsife da Universidade Drexel e pesquisadora principal do projeto SALURBAL.

 

Além disso, acrescenta o Dr. Daniel A. Rodríguez, Professor e Pesquisador Principal da equipe da UC Berkeley que participou do projeto, “as tendências demográficas na América Latina – incluindo o envelhecimento da população, e a incessante busca do viver em áreas urbanas – tornam ainda mais críticos o entendimento dos riscos à saúde pública representados pelas mudanças climáticas na região. Precisamos de buscar estratégias de adaptação próprias, conformadas ao contexto latino-americano.”


Nature Medicine é uma revista transformadora, apoiando a publicação por meio de acesso aberto. A revista publica investigações que abordam as necessidades e objetivos da medicina contemporânea, incluindo pesquisas originais sobre os efeitos do meio ambiente na saúde humana.

 

Além de Kephart, Diez Roux e Rodríguez, os autores do estudo incluem Brisa N. Sánchez (Drexel), Jeffrey Moore (Drexel), Leah H. Schinasi (Drexel), Maryia Bakhtsiyarava (Berkeley), Yang Ju (Berkeley), Nelson Gouveia (Universidade de São Paulo, Brasil), Waleska T Caiaffa (Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil), Iryna Dronova (Berkeley) e Saravanan Arunachalam (Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill).

 

Para mais informações, entre em contato com Waleska Teixeira Caiaffa em caiaffa.waleska@gmail.com

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